Procedimento Operacional Padrão (POP)
Hidrolipoclasia Ultrassônica em Fisioterapia
Clínica de Fisioterapia Fisiocare CNPJ: 12.345.678/0001-90 Endereço: Rua das Flores, 123, Centro, Fortaleza – CE Responsável Técnico: Dr. Xxxx xxxxx Registro Profissional: CREFITO-6/12345-F
Versão: 1.0 Data de Emissão: 10/09/2025 Data de Revisão: 10/09/2026
1. OBJETIVO
Este Procedimento Operacional Padrão (POP) tem como objetivo estabelecer as diretrizes e os procedimentos técnicos para a aplicação da hidrolipoclasia ultrassônica em pacientes na clínica de fisioterapia, garantindo a segurança, a eficácia e a qualidade do tratamento, em conformidade com as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Este POP se aplica a todos os fisioterapeutas habilitados e capacitados para a aplicação da hidrolipoclasia ultrassônica na clínica, bem como aos demais profissionais envolvidos no processo, desde a avaliação inicial até o acompanhamento pós-procedimento.
3. DEFINIÇÕES
• Hidrolipoclasia Ultrassônica Não Aspirativa: Técnica minimamente invasiva que consiste na infiltração de solução salina hipotônica no tecido adiposo, seguida da aplicação de ultrassom terapêutico para promover a lipólise (quebra das células de gordura).
• POP (Procedimento Operacional Padrão): Documento que descreve detalhadamente as etapas de um processo, visando padronizar a execução e garantir a qualidade e a segurança.
• ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
• COFFITO: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
4. RESPONSABILIDADES
• Fisioterapeuta Responsável Técnico:
– Garantir que este POP seja seguido por todos os profissionais.
– Assegurar que a clínica possua a infraestrutura e os materiais necessários.
– Manter a documentação da clínica e dos profissionais atualizada.
• Fisioterapeuta Aplicador:
– Realizar a avaliação completa do paciente.
– Executar o procedimento de acordo com este POP.
– Registrar todas as informações no prontuário do paciente.
– Orientar o paciente sobre os cuidados pré e pós-procedimento.
5. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• Solução salina hipotônica estéril (0,45% ou 0,225%)
• Seringas e agulhas estéreis de calibre adequado (30G)
• Luvas de procedimento estéreis
• Gaze estéril
• Álcool 70% ou outro antisséptico adequado
• Anestésico local (se necessário)
• Recipiente para descarte de materiais perfurocortantes (Descarpack)
• Aparelho de ultrassom terapêutico (1-3 MHz)
• Gel condutor para ultrassom
• Kit de emergência para reações adversas graves
6. PROCEDIMENTO
6.1. Avaliação Pré-Aplicação
1. Anamnese Completa:
– Histórico de saúde do paciente
– Queixa principal e expectativas
– Uso de medicamentos
– Alergias conhecidas
– Histórico de procedimentos anteriores
2. Exame Físico:
– Avaliação da área a ser tratada (adipometria, perimetria)
– Testes de sensibilidade
– Registro fotográfico
3. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE):
– Explicar detalhadamente o procedimento, os riscos, os benefícios e as contraindicações.
– Sanar todas as dúvidas do paciente.
– Obter a assinatura do paciente no TCLE.
6.2. Preparo do Material
1. Verificação dos Produtos:
– Conferir o registro na ANVISA, lote e validade da solução salina.
– Seguir as instruções do fabricante para armazenamento.
2. Preparo das Seringas:
– Utilizar técnica asséptica para o preparo.
6.3. Aplicação
1. Assepsia da Pele:
– Limpar a área de aplicação com álcool 70% ou outro antisséptico.
2. Infiltração da Solução Salina:
– Realizar a infiltração da solução salina hipotônica no tecido adiposo.
3. Aplicação do Ultrassom:
– Aplicar o ultrassom terapêutico sobre a área tratada, utilizando gel condutor.
6.4. Pós-Aplicação Imediata
1. Limpeza da Área:
– Remover o excesso de gel condutor.
2. Orientações ao Paciente:
– Reforçar os cuidados pós-procedimento.
– Agendar o retorno para avaliação.
7. CUIDADOS PÓS-PROCEDIMENTO
7.1. Orientações Gerais
• Repouso Relativo: Recomendar repouso relativo da área tratada nas primeiras 24 horas.
• Atividades Físicas: Evitar atividades físicas intensas por pelo menos 48 horas ou conforme orientação profissional.
• Exposição Solar: Evitar exposição solar direta na área tratada por pelo menos 7 dias e utilizar protetor solar com FPS 50 ou superior.
• Hidratação: Orientar o paciente a aumentar a ingestão de água para auxiliar na eliminação da gordura.
7.2. Cuidados Específicos
• Uso de Cinta Modeladora: Recomendar o uso de cinta modeladora na área tratada por pelo menos 7 dias para auxiliar na redução do edema e na modelagem corporal.
• Drenagem Linfática Manual: Indicar a realização de sessões de drenagem linfática manual para acelerar a eliminação da gordura e reduzir o inchaço.
• Alimentação: Orientar uma alimentação leve e equilibrada nos dias seguintes ao procedimento.
7.3. Monitoramento de Sinais de Alerta
• Sinais de Infecção: Orientar o paciente a observar e relatar imediatamente sinais de infecção, como aumento da dor, calor, vermelhidão intensa, inchaço progressivo, secreção purulenta ou febre.
• Reações Adversas: O paciente deve ser instruído a entrar em contato com a clínica caso ocorram reações adversas inesperadas ou intensas.
8. CONTRAINDICAÇÕES E EFEITOS ADVERSOS
8.1. Contraindicações Absolutas
• Gravidez e Lactação: A segurança do procedimento não foi estabelecida para gestantes e lactantes.
• Infecções: Presença de infecção ativa na área a ser tratada ou sistêmica.
• Doenças Autoimunes: Doenças autoimunes em atividade ou não controladas.
• Distúrbios de Coagulação: Distúrbios de coagulação graves ou uso de anticoagulantes em altas doses.
• Doenças Cardíacas Graves: Insuficiência cardíaca congestiva, arritmias graves.
• Insuficiência Renal ou Hepática: Comprometimento da função renal ou hepática.
• Câncer: Presença de tumores malignos na área de tratamento ou histórico de câncer.
8.2. Contraindicações Relativas
• Diabetes Mellitus: Diabetes não controlado.
• Hipertensão Arterial: Hipertensão não controlada.
• Uso de Medicamentos: Uso de medicamentos que possam interferir na cicatrização ou coagulação.
• Expectativas Irreais: Pacientes com expectativas irreais em relação aos resultados.
8.3. Efeitos Adversos
• Comuns: Dor leve, edema (inchaço), eritema (vermelhidão) e hematomas no local da aplicação, que geralmente são leves e transitórios.
• Incomuns: Reação inflamatória local mais intensa, nódulos, hiperpigmentação pós-inflamatória.
• Raros: Infecção secundária, reação alérgica à solução salina, queimaduras por ultrassom, necrose tecidual.
9. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
• Descartar materiais perfurocortantes em recipiente adequado (Descarpack).
• Seguir as normas da vigilância sanitária para o descarte de resíduos de saúde.
10. REGISTROS E DOCUMENTAÇÃO
• Registrar no prontuário do paciente:
– Data e hora da aplicação
– Lote e validade da solução salina utilizada
– Volume e local de aplicação
– Parâmetros do ultrassom utilizados
– Orientações fornecidas
– Intercorrências (se houver)
• Arquivar o TCLE assinado.
11. REFERÊNCIAS
1. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Acórdão Nº 635/2023 – Habilitação dos profissionais fisioterapeutas na utilização da Hidrolipoclasia Ultrassônica. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=25894
2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Normas e regulamentações sobre produtos para a saúde. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br
3. Literatura Científica Especializada em hidrolipoclasia ultrassônica e fisioterapia dermatofuncional.
Elaborado por: Dr. Xxxxx xxxxxx Fisioterapeuta Responsável Técnico
Revisado por: Equipe de Qualidade
Aprovado por: Diretoria Clínica